Observem estes dados:
* 19% dos usuários de Twitter, Facebook ou equivalentes usam-nos para RECEBER e COMPARTILHAR INFORMAÇÕES (Princeton Survey Research International, nov/2009)
* 18% dos usuários usam as mídias sociais (Wikipedia, Blogs Facebook, Twitter etc) para buscar informações novas (The Nielsen Company, out/2009)
O internauta brasileiro passa mais tempo em:
* mensagens instantâneas (7h49)
* comunidades – redes sociais (4h57)
(Ibope Nielsen Online)
Daí vem a história…
Se o público não vai ao site jornalístico, é o veículo que encontra o público. Esteja ele onde estiver. E ele está nas mídias sociais. Facinho, né?
Nem tanto. Não é à toa que muitos veículos se desdobram em experiências de habitar estes espaços com objetivos de gerar tráfego em seus próprios sites, ter relevância editorial, fortalecer marca, aproximar-se do público e renovar suas audiências.
Em busca de algumas maneiras de fazer jornalismo aproveitando o que as mídias sociais têm a oferecer, montei este trabalho que apresentei ontem no Seminário Internacional de Comunicação da PUCRS.
Foi um levantamento de dados e não uma pesquisa conclusiva (nenhuma é). Mas serviu para me mostrar o quão amplo é este assunto, quantas coisas dá para fazer e para onde caminhamos.
Tônica: em 2005 Steve Outing sugeriu 8 maneiras para incentivar a colaboração no jornalismo. Mas todas eram no próprio site do veículo (inclusive o jornalismo colaborativo – ai!). Seguindo um movimento natural, percebemos que aproximar um veículo das pessoas (nas mídias sociais) é mais prático, leve e promissor do que tentar puxar as massas para dentro do veículo.
Ele – o público – já elegeu os SEUS espaços. E como dar murro em ponta de faca costuma só machucar, cabe à mídia entrar nestes espaços também, sem abrir mão da sua casinha matriz.